Supressão Vegetal e Manejo de Fauna Silvestre em Guaratuba 14/11/2023 - 14:57

Com o início das atividades para instalação do Canteiro Industrial de Obras, com 20 mil m², onde serão construídas as peças que vão compor a futura Ponte de Guaratuba, uma série de ações que fazem parte do Programa Básico Ambiental, são realizadas para efetivar o processo. Entre as etapas iniciais o manejo de fauna e a supressão vegetal são as principais ações para a retirada de  uma porção de vegetação de um determinado espaço para implantação do empreendimento. 

 

Os processos acontecem de forma simultânea, enquanto os especialistas ambientais da OECI  e CSPG - biólogos e engenheiros florestais, fazem a vistoria e acompanhamento da supressão vegetal e manejo de fauna, a equipe construtiva deu início a instalação dos tapumes e terraplenagem que vão compor o Canteiro Industrial. De acordo com a bióloga do CSPG, Marianna Schneider, uma vistoria nas árvores é feita para verificar a presença de ninhos ou algum animal entre a vegetação. "Não contendo animais, é autorizada a supressão. Após a queda das árvores, uma nova verificação é realizada, pois animais podem estar escondidos na folhagem", afirma. A bióloga conta ainda que as epífitas (orquídeas, bromélias e cactáceas) das árvores suprimidas são retiradas e replantadas em lugar propício para regeneração na natureza.  

 

Durante a supressão vegetal podem ser encontrados ninhos de passarinhos não avistados anteriormente, contudo o exemplar não é suprimido até que seja feito o manejo das aves. "Ninhos com filhotes são colocados em pontos de observação para localização e alimentação dos pais. Caso não sejam encontrados, eles são encaminhados para um veterinário que vai acompanhar os filhotes até eles terem condição de soltura", completa Schneider. No caso de ninhos com ovos, o procedimento é o mesmo, porém são encaminhados para incubadora até a choca seguida de soltura quando aptos.

 

Os ninhos identificados antes da supressão vegetal tem as árvores sinalizadas para não haver o corte até que os passarinhos voem. A bióloga do CSPG conta que a exemplo disso são as  árvores localizadas atrás da casa do ferry-boat na Praça de Guaratuba. “Tão logo observarmos que os passarinhos saíram do ninho, será autorizada a supressão”, completa. 

 

Além das aves, faz parte do manejo de fauna o monitoramento dos anfíbios que possam estar entre as bromélias. Ao serem identificados são retirados e remanejados para áreas próximas que não vão sofrer interferência do empreendimento. O mesmo acontece com qualquer outro animal que for encontrado, como por exemplo as cobras-de-vidro (nome científico: Ophiodes striatus) retiradas e recolocadas na natureza.  

 

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