Entomofauna é monitorada em Campanhas de Fauna pré obra em Guaratuba 29/04/2024 - 08:57
Entre as etapas pré obra, o monitoramento de fauna é uma das atividades de grande relevância para a construção de um empreendimento como a Ponte de Guaratuba. As equipes ambientais, formada por biólogos e engenheiros ambientais realizam campanhas que incluem a análise e registros dos insetos mais frequentes no entorno. De acordo com o coordenador de Meio Ambiente do CSPG - Consórcio Supervisor da Ponte de Guaratuba, o engenheiro ambiental Robson Valle, o monitoramento da entomofauna é crucial devido ao papel como indicadores da qualidade ambiental. "Os insetos desempenham diversas funções essenciais no ecossistema, incluindo polinização, decomposição, ciclagem de nutrientes e predação. Além disso, são altamente sensíveis às alterações ambientais, como poluição e mudanças na vegetação", afirma.
Ao observar a presença e diversidade desses animais, é possível avaliar a conservação e qualidade ambiental de determinada área, bem como identificar impactos ambientais causados por empreendimentos ou outras atividades humanas. Na fase pré obra do projeto da Ponte de Guaratuba, o monitoramento é feito trimestralmente, e quando iniciada a instalação da ponte, o monitoramento será realizado semestralmente principalmente em dois grupos de insetos: as borboletas (Ordem Lepidoptera); e as vespas, abelhas e formigas (Ordem Hymenoptera). Na área do monitoramento de fauna para a Ponte de Guaratuba, ocorrem principalmente borboletas, vespas, abelhas e formigas. "O objetivo é avaliar e caracterizar possíveis alterações devido a obra nas populações presentes na área e propor medidas para reduzir os efeitos do empreendimento nessas populações e em seu habitat natural dos insetos presentes na região", afirma a bióloga do CSPG, Aline Prado.
Para realização das análises, são instaladas armadilhas como a Malaise Trap, Iscas Aromáticas e Van Someren-Rydon para capturar os animais. Os insetos coletados são levados para laboratório, triados e identificados por especialistas que analisam os dados e fazem um levantamento para entender a biodiversidade da região.
Metodologias aplicadas
Armadilha Malaise Trap
Usada para capturar vespas, abelhas e formigas a Malaise Trap, é uma estrutura em forma de tenda montada em pontos estratégicos para interceptar os insetos voadores, direcionando-os para um recipiente com álcool. Após a captura, os insetos são levados para laboratório e identificados com auxílio de microscópio.
Armadilha Isca Aromática
São construídas com garrafa PET e contém funis com aberturas, permitindo a entrada dos insetos nas armadilhas, as quais são penduradas em pontos específicos. Dentro delas são colocados algodões embebidos com fragrâncias de eucaliptol ou extrato de baunilha, que atraem os insetos para o interior das armadilhas. Após, é possível identificar e analisar as espécies capturadas.
Armadilha Van Someren - Rydon
A captura das borboletas é feita com armadilhas em formato cilíndrico montadas e instaladas em árvores, com uma isca composta por uma mistura fermentada de banana, açúcar mascavo e água que atraem os animais, permitindo o registro e análise das espécies capturadas.
De forma complementar, as equipes também buscam os animais, principalmente abelhas nativas e/ou introduzidas, em florações e alguns indivíduos são capturados livremente por puçá ou quando avistadas, são fotografadas.
Para mais acesse: @pontedeguaratuba.oficial